Como as empresas lidam com as pessoas

Hoje trago um tema que diz respeito a demissão de colaboradores, de como as empresas lidam com as pessoas neste momento tão delicado. Na última segunda feira, estava realizando uma faxina no meu escritório e ao arrumar os livros, encontrei uma obra datada de 1.993. Pensei comigo: será que esse material ainda tem algum valor nos dias atuais?

E olha o texto que encontrei quando abri o livro de modo aleatório na página 29:
O título daquela página é:
O Gerente Dispensável: tão ~descartável quanto lenços de papel
E o texto começa assim:
Fui chamado às 15h30 de uma terça-feira e informado que aquele seria meu último dia na empresa. O pacote de compensação eram dois salários e benefícios médicos. Eu poderia usar o escritório e as instalações para tentar conseguir outro emprego, isto é, tentar uma recolocação. É um dia que eu jamais esquecerei. Minha autoestima havia sido minada.

E com isso foram seis meses de desemprego, a sangria de nossas economias e a mudança para outro estado após vivermos na mesma localidade por nove anos. Foram necessários mais de 200 currículos e dezenas de entrevistas, antes que eu conseguisse um novo emprego. A vida não será a mesma para mim e minha família. Até hoje se chego em casa um pouco mais cedo, meus familiares têm um ataque de ansiedade ao me verem.

Este é o depoimento de um ex-gerente de produção de uma indústria química E daí aproveito para fazer um desafio de reflexão aos ouvintes:

Hoje se fala muito em RH humanizado, mas quando o assunto é demissão, será que a história do livro de 29 anos atrás tem alguma conexão com a realidade atual? Será que continuamos sendo descartáveis como lenços de papel?